segunda-feira, 19 de julho de 2010

OXUM (continuação)

autoria: Érica Lorenz
OXUM - Continuaçao - ORIXÁ DO AMOR E DO OURO
OXUM é a Orixá do Amor, do Ouro, do Belo e Protetora das Crianças. Habita Cachoeiras, lagos, água doce, junto a pedras.
Quem desejar fazer uma oferenda a Oxum, ela gosta de flores, principalemente amarelas, pode ser uma rosa amarela, ou flores que estiverem disponíveis (ramalhetes de flores coloridas tb).
Gosta de se enfeitar: jóias e demais enfeites, sempre tem um espelho.

Das Orixás, é a que acalenta, mae doce, amiga, que acolhe. É ciumenta, em outro tópico contarei a história dela e de Obá. Obá é a terceira esposa de Xangô (Orixá da Justiça, com seu machado de dois lados tanto protege quanto pune. É dos Trovões e Tempestades. Tem três esposas, nesta ordem: Iansã, Oxum e Obá).

Analogamente a signos e outras tantas energias do Universo para melhor explicitar, somos "filhos de santos", as características marcam tendências de formaçoes psíquicas e, assim como nos signos, as outras "casas" seriam representadas por outros Orixás, geralmente definidos como "de cabeça", "de frente", "de trás da cabeça", etc. Os filhos de Oxum são conhecidos pela extrema capacidade de observaçao, de percepçao do derredor e pela refinada diplomacia. Na oraçao no próximo tópico há uma linha que comenta: "Opará que ao dançar rodopia como o vento sem que possamos vê-la", lembra um filho de Oxum em uma reunião ou evento, seja de que porte: "voa diafanamente"pelo salao entre os convivas.

Segue no próximo tópico uma oraçao para Oxum, traduzido do Yorubá. O chamado para Oxum é OREYEYEO6 (pronuncia oreyeyeoi).

OXUM - A DEUSA DO AMOR

autora: ÉRICA LORENZ

Africa - DEUSA/ORIXÁ DO AMOR
PARALELOS - DEUSA DO AMOR/ ORIXÁ
Oxum

Orixá do Amor/Beleza e do Ouro. Mãe carinhosa, acolhedora.

Segunda esposa de Xangô (Que tem 3 esposas: Iansã, Oxum e Obá).

Habita a cachoeira.

Vaidosa e bela, adora espelho, adornos, jóias, adereços diversos.

Principais características, associadas aos filhos de Oxum e também a pedidos a ela: Observação, percepção ampla e aguçada do ao redor e diplomacia. Transita bem através de todos os ambientes

Pedidos relacionados a Oxum são ligados à energia do amor (romance) e ouro.

Cor amarela (pode se oferecer, como agradecimento, uma rosa amarela, por exemplo)

Amanhã uma oração, traduzida do Yorubá. Esta semana envio mais detalhes sobre ela, seus gostos e uma de suas histórias (afinal, como uma deusa, ela tem suas características não muito convencionais ...Obá que o diga).


ORAÇAO A OXUM
"Oxum, Senhora da riqueza e da fartura
Que conhece os caminhos da doçura
Oxum, Senhora da riqueza e da fartura
Senhora
Que conhece os
Que conhece os caminhos da doçura
Oxum é uma mulher com força masculina
Graciosa mãe, Senhora das águas frescas
de voz afinada como o canto
Òpàrà, que ao dançar rodopia como o vento,
sem que possamos vê-la
Senhora plena de sabedoria,
que todos veneramos juntos
Que enfrenta pessoas poderosas e, com sabedoria, as acalma
Ela aceita as palavras do queixoso
Ela recebe o mensageiro do rei sem respeitá-lo
Com sua sineta ela fura o ventre mentiroso
Eu te saúdo Oxum, pela bênçao que me concedes
neste dia que amanhece
Nao se esqueça de mim, vença as guerras para mim.

sábado, 17 de julho de 2010

MATÉRIA DA REVISTA "ISTO É" SOBRE O ASSASSINATO DE ELISA SAMUDIO

17/07/2010 - 10:37h “Matam-se mulheres feito moscas no Brasil”

Especialista em crimes contra a mulher, a promotora de Justiça Luiza Eluf diz que os juízes têm de mandar prender agressores para evitar mortes anunciadas, como a de Eliza Samudio

Daniela Mendes – ISTOÉ


SEM FRONTEIRAS
Segundo Luiza Eluf, o machismo não tem classe social

Uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil, segundo o Mapa da Violência 2010, estudo feito pelo Instituto Sangari com base nos dados do Sistema Único de Saúde. A maioria é vítima de ex-namorados, maridos, companheiros. “Enquanto o machismo não acabar, as mulheres continuarão morrendo”, diz a promotora de Justiça Luiza Nagib Eluf, especialista em crimes contra a mulher e homicídios passionais. Com cinco livros publicados, entre eles o best seller “A Paixão no Banco dos Réus”, no qual analisa os principais crimes passionais que ocorreram no País, Luiza diz que as leis atuais são boas, mas há ineficiência da polícia e do Judiciário quando a mulher denuncia a agressão ao poder público. “Só a prisão do agressor pode salvar a vida da mulher inocente”, diz ela, há 31 anos no Ministério Público, quase todos na vara criminal.

ISTOÉ – Eliza Samudio deu queixa contra Bruno à polícia, as agressões dele foram comprovadas e mesmo assim, tudo indica, ela morreu numa emboscada dele. Por que o Estado não a protegeu?
Luiza Nagib Eluf – Essa é a grande questão. Nós temos leis boas, como a lei Maria da Penha, a Constituição, que proíbe a discriminação contra as mulheres. Temos uma lei que determina a criação dos juizados especiais de violência doméstica. Mas a prática da Justiça e da polícia está ruim. Os advogados e o Ministério Público estão cumprindo bem o seu papel. Falta a polícia se convencer de que precisa ser mais rápida nas questões ligadas à proteção da mulher e falta ação do Judiciário, que por vezes fica numa posição de lavar as mãos para ver o que vai acontecer. A lei permite que se prenda o sujeito que ameaça a vida da mulher. Mas os juízes não mandam prender.

ISTOÉ – A proteção é falha?
Luiza – A Eliza filmou depoimento na frente da delegacia dizendo que deu queixa, precisava de proteção e não conseguiu. A cabeleireira Maria Islaine de Moraes, de Belo Horizonte, foi oito vezes à delegacia, recebeu medida protetiva decretada pelo juiz – o ex-marido não poderia se aproximar dela – e foi assassinada por ele em janeiro. Adianta decretar a medida e não fiscalizar o cumprimento dela? É piada. Ninguém protegeu a moça. Ela colocou câmeras no salão para comprovar as ameaças e o assassinato dela foi filmado. O sujeito invadiu o salão sem dificuldade e deu seis tiros nela. A medida protetiva não pode ser de brincadeira, o juiz tem que designar um policial para garantir o cumprimento dela.

ISTOÉ – Mulheres que se relacionaram com Bruno contam que ele e os amigos as surravam em festas e orgias. O que explica esse tipo de comportamento?
Luiza – Para eles as mulheres que estão na fatia decaída da sociedade são lixo. Eles, que tanto as procuram, têm ódio e desprezo por elas. Vamos continuar dividindo a sociedade entre as mulheres honestas e as decaídas? Essa divisão prejudica todas as mulheres, tem de acabar. Como? Trazendo as prostitutas para o lado bom da sociedade. É preciso enfrentar e dignificar a prostituição, porque ela não vai acabar.

“Pimenta Neves não sabia que não podia matar a Sandra Gomide?
Ele fez isso porque apanhou dos pais? Não, fez porque é machista”

ISTOÉ – Eliza teria morrido com extrema crueldade. Há uma escalada da violência?
Luiza – Os requintes de crueldade são cada vez piores. No caso de Eliza, aparentemente praticou-se violência de gênero, mas os métodos de execução do homicídio foram os do narcotráfico, de matar aos pouquinhos, mediante tortura. Analisei um caso do interior de São Paulo em que os ladrões roubaram o carro de um senhor e o amarraram em uma árvore num local ermo. Ele fez as necessidades fisiológicas ali e foi comido por abelhas, formigas e outros bichos. Ele estava vivo enquanto era comido, isso foi constatado pelo laudo pericial.

ISTOÉ – Corre em Santa Catarina um inquérito policial que investiga o estupro de uma menina de 13 anos por dois adolescentes de 14, um filho de um empresário importante e outro de um delegado. Como explicar isso?
Luiza – É o machismo, a cultura do desrespeito à mulher. É o ponto extremo que leva ao estupro, à violência.

ISTOÉ – Neste caso, o delegado Nivaldo Rodrigues, diretor da polícia civil de Florianópolis, admite que houve o ato, mas diz não poder falar se foi na marra. O que acha disso?
Luiza – Com violência, não existe vontade, com 13 ou 80 anos. E a nossa lei penal estabelece que relação sexual com menor de 14 anos é um crime chamado estupro de vulnerável. O delegado não tem de fazer ponderações sobre se ela quis ou não quis, é estupro.

ISTOÉ – Segundo o Mapa da Violência 2010, uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil, na maioria das vezes por parentes.
Luiza – O espaço público é perigoso para os homens, que são 90% das pessoas assassinadas na rua. Mas o espaço doméstico é perigosíssimo para a mulher. Ela é atacada em casa. É vítima do marido, do pai, do irmão, do padrasto. São os homens que vivem em volta dela que batem, espancam, estupram e matam. O espantoso é que não são tomadas medidas imediatas para evitar mortes anunciadas, como a da Eliza.

ISTOÉ – Que medidas podem ser tomadas?
Luiza – O Poder Judiciário precisa se convencer do perigo real que é a violência doméstica. São os juízes que decidem sobre a prisão ou não do potencial agressor e há um certo constrangimento de expedir mandados de prisão. São tantos os exemplos que terminaram em morte que, diante de uma queixa, é preciso mandar prender o agressor imediatamente. Temos de ter claro quem é agressor e quem é vítima, pois nossa sociedade confunde os papéis. Não venha dizer que o (jornalista) Pimenta Neves, coitadinho, enlouqueceu com aquele amor pela (jornalista, assassinada por ele em 2000) Sandra Gomide. Ele que pague por sua loucura. Também tivemos o caso da jovem Eloá Pimentel em 2008. Esperaram cinco dias o rapaz (Lindemberg Alves) matar a moça. E quiseram culpar a família dela dizendo que não deveriam ter permitido que ela, aos 12 anos, começasse a namorar. Quem tem culpa é o Lindemberg, que se achava dono dela.

ISTOÉ – Qual o peso da classe social do agressor na violência contra a mulher?
Luiza – Não é uma questão econômica, é cultural. É um padrão de comportamento. Em todas as classes sociais os homens batem nas mulheres. O Pimenta não sabia que não podia matar a Sandra Gomide? Ele fez isso porque passava fome quando era pequeno ou porque apanhou dos pais? Não, fez isso porque é machista. O Lindemberg é de uma classe social mais baixa e matou a Eloá pelo mesmo motivo: ambos achavam que eram donos delas.

ISTOÉ – Eles não temem a punição?
Luiza – Não, porque não veem o Estado funcionar. Homicida passional não se incomoda nem de deixar os próprios filhos na orfandade. No Brasil, matam-se mulheres feito moscas.

ISTOÉ – O assassinato da advogada Mércia Nakashima é passional?
Luíza – Com certeza, é tipicamente passional. Estudei 100 crimes passionais para colocar 15 no meu livro. Todos foram premeditados, como esse parece ter sido. (O principal suspeito da morte da advogada, cujo corpo foi jogado numa represa em São Paulo, é o ex-namorado dela, Mizael Bispo de Souza.)

ISTOÉ – Em países menos machistas há menos violência contra a mulher?
Luiza – Sim. Veja os países nórdicos onde as mulheres estão nos postos de direção, quase equiparadas aos homens no mundo profissional. Isso faz diferença porque é questão de respeito. É a maneira como o homem encara a mulher e como ela se vê diante dele.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

PALAS ATENA OU ATENAS

Já sabemos que Zeus saiu vitorioso com a ajuda dos Cíclopes e dos Gigantes, e dos outros deuses e se tornou O DEUS DOS DEUSES E DOS HOMENS.
Aí ZEUS se casa com MÉTIS. Como já vimos, Métis engravida.
Lá vem o oráculo: diz que de Métis nasceria uma mulher que seria semelhante a um jovem homem e que conquistaria os deuses e os homens.
ZEUS DEVORA MÉTIS.
A competição eterna dos arquétipos masculinos continua. Compulsão de roteiro, instinto de morte?
Tempos depois, Zeus sente uma terrível dor de cabeça. NOSSA!!! São as dores do PARTO!
Chama o filho Hefesto e pede que ele lhe abra a cabeça (foi com um machado?).
Dela nasce PALAS ATENA, vestindo armadura, portando lança, (a mulher semelhante a um homem) que o oráculo profetizou.
Como diz Walter Boechat "Dentro de uma leitura arquetípica da psicomitologia, Atena representa o árquétipo da "anima", a capacidade de fantasiar e de imaginar que brota da mente masculina. No momento em que este brotamento ocorre, os sucessivos devoramentos cessam, e o equilíbrio se instala no Olimpo."
Continua Walter Boechat: "Somente a partir deste confronto com o feminino subjetivo pode o homem libertar-se da compulsão de devorar que o próprio patrismo lhe impõe."
Os trechos citados foram copiados do livro A Desconstrução do Masculino, pg32, editora Rocco, Rio de Janeiro, 1995.
Atena passa a ser a filha predileta de Zeus.
UMA SOLUÇÃO MUITO CRIATIVA! Copiei a postagem acima para continuar o nosso papo sobre a deusa ATENAS OU ATENA (alguns chamam esta deusa como Atená, que soa mais parecido com a pronúncia grega). ATENAS, DEUSA DA SABEDORIA. Já sabemos que quando Zeus ouviu o oráculo : de Métis nasceria.... Zeus engole Métis... sofre uma terrível dor de cabeça, pede para Hefesto abrir sua cabeá com um machado...dela nasce ATENAS. É a deusa MINERVA dos romanos. Ela apresenta características do masculino, yang: pragmatismo, previsão, planejamento, astúcia, foco, Realce para a supremacia da razão sobre a emoção, Embora simbolize a guerra, tem um temperamento pacíficoe prefere usar a inteligência no lugar da força para resolver conflitos, ao contrário do deus Ares. Quando a batalha é inevitável, tem uma enorme capacidade de traçar estratégias e operações militares e torna-se assim uma guerreira. Combinando a sabedoria com a justiça, ela é ponderada e misericordiosa, e por tais características é muito admirada pelos gregos. Foi protetora de Ulisses, de Hércules e protegeu também cidades, como por exemplo, a cidade de Atenas. Protegeu os gregos na Guerra de Tróia. Era a filha predileta de Zeus e recebeu dele a permissão para se manter casta, sendo portanto a única deusa virgem do panteão grego. Recebeu de Zeus o raio e o escudo que simbolizavam o poder de Zeus no Olimpo. É uma deusa do patriarcado, como podemos ver, pois nasceu no momento em que o patriarcado se estabelecia, tendo definitivamente vencido o matriarcado. Atenas, portanto, é defensora legítima do patriarcado, defendendo os valores do sistema. Diplomacia é uma das virtudes da deusa e podemos entrar em contato com este arquétipo quando enfrentamos dificuldades e obstáculos. ATENAS simboliza a vitória sobre os deuses devoradores e possibilita a convivência do gênero masculino com sua própria feminilidade.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

E AÍ? VEIO A PAZ?

Nem pensar!
Gaia ficou furiosa quando soube que os filhos foram atirados no Tártaro e começou outra guerra.
Reuniu-se com seus outros filhos, os GIGANTES, e declarou guerra contra os deuses do Olimpo.
Zeus e sua turma, novamente, foram vencedores.
Na última batalha, ele pegou o Monte Etna e o jogou sobre a cabeça de TIFÃO, poderoso inimigo. Dizem que Zeus usou os raios sobre o Etna que cuspia fogo sobre Tifão.
FOI UM HORROR!
Desta vez, a guerra acabou e ZEUS reinou sobre o Universo.

GUERRA!!!

A guerra foi declarada: de um lado, Zeus, os deuses e deusas e os cíclopes. Do outro, Crono e os Titãs.
Os Cíclopes desenvolveram armas poderosas para os deuses. Para Zeus, criaram o RAIO, para Posídon, um enorme TRIDENTE, capaz de criar terremotos e tempestades marinhas e para Hades, um CAPACETE MÁGICO, que colocado na cabeça do deus do subterrâneo, tornava-o invisível.
ASSIM, ELES DERROTARAM OS TITÃS.
E dividiram os poderes:
ZEUS: deus dos deuses, ficou com o Olimpo (o céu)
POSÍDON: ficou o mar.
HADES: ficou com o Mundo Subterrâneo.
E OS TITÃS?
Foram jogados no TÁRTARO.
Onde fica o Tártaro?
Na região mais profunda do cosmo onde habitam monstros terríveis.
Um dos Titãs recebeu um terrível castigo: teria que carregar o céu nos ombros.
Quem era esse titã punido?
ATLAS.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

UMA VERSÃO DO MITO: TITÃS E TITÂNIDAS

Segundo Junito de Souza Brandão, Urano e Géia tiveram como descendentes:
TITÃS: OCEANO, CEOS, RIO , HIPERÍON, JÁPETO E CRONO.
TITÂNIDAS: TÉIA, RÉIA, TÊMIS, MNEMÓSINA, FEBE, TÉTIS.
CÍCLOPES: ARGES, ESTÉROPE, BRONTES.
HECATONQUIROS: COTO, BRIARÉU, GIAS.

Alguns autores entendem que titãs significa "soberano, rei".
Outros colocam que os Titãs eram deuses solares e seu nome se explicaria pela "pelásgico" tita, brilho, luz.

Os Titãs significam as forças brutas e violentas da natureza.São manifestações elementares juntamente com os Ciclopes, os gigantes e os Hecatonquiros. Sào ferozes contra as forças do espírito consciente simbolizado por Zeus, que faz parte da terceira geração do panteão grego, representando, assim, a evolução. Os Titãs represntam a oposição à espiritualização que harmoniza, o poder pela força.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

TITÃS E TITÂNIDAS

Os filhos de Urano e Gaia (Géia) foram chamados TITÃS e TITÂNIDAS.
Detinham um poder imenso e desorganizado.
Crono, o Titã que decepou os genitais de seu pai, casou-se com a irmã, a Titânida Réia.
O casal gerou filhos, mas Crono ouviu de um oráculo que um de seus filhos o mataria. Para evitar este destino trágico, Crono engolia os filhos que Réia tinha, logo após o nascimento deles. Isso aconteceu 5 vezes, mas o sexto filho foi poupado porque Réia enganou o marido. Enrolou uma pedra com mantas de bebê e Crono engoliu a pedra. Réia, secretamente, enviou Zeus para Creta onde foi criado por uma ninfa-cabra chamada Amaltéia que o nutriu com mel e carinho.
Quando Amaltéia morreu, Zeus, já adulto, fez um escudo mágico para si com a pele da cabra. Zeus conhecia sua origem e resolveu voltar à Grécia para se vingar do pai.
Chegando à Grécia, encontrou a deusa Métis, uma titânida inteligente, que deu a Crono uma droga que o forçou a vomitar os cinco filhos que havia engolido: POSIDON, HADES, HÉSTIA, DEMÉTER E HERA.
Depois Zeus libertou os CÍCLOPES, gigantes de um olho só, que estavam no mundo subterrâneo, onde foram atirados por Urano e lá mantidos por Crono.

UM POUCO DE MITOLOGIA AFRICANA (POR ÉRICA LORENZ)

Africa - DEUSA/ORIXÁ DO AMOR
PARALELOS - DEUSA DO AMOR/ ORIXÁ
Oxum

Orixá do Amor/Beleza e do Ouro. Mãe carinhosa, acolhedora.

Segunda esposa de Xangô (Que tem 3 esposas: Iansã, Oxum e Obá).

Habita a cachoeira.

Vaidosa e bela, adora espelho, adornos, jóias, adereços diversos.

Principais características, associadas aos filhos de Oxum e também a pedidos a ela: Observação, percepção ampla e aguçada do ao redor e diplomacia. Transita bem através de todos os ambientes

Pedidos relacionados a Oxum são ligados à energia do amor (romance) e ouro.

Cor amarela (pode se oferecer, como agradecimento, uma rosa amarela, por exemplo)

Amanhã uma oração, traduzida do Yorubá. Esta semana envio mais detalhes sobre ela, seus gostos e uma de suas histórias (afinal, como uma deusa, ela tem suas características não muito convencionais ...Obá que o diga).

domingo, 6 de junho de 2010

A MITOPOESE DA PSIQUE ( livro de Walter Boechat)

Gostei tanto do livro acima, que vou copiar um trecho para pensarmos a respeito:
"A palavra mitologia deriva do grego "miéin", manter a boca e os olhos fechados. A expressão é oriunda dos antigos mistérios de iniciação. Derivados de "miéin" são também: "mystérion", (mistérios) e "mýstes", palavra que designa os neófitos nos mistérios, ou os iniciados. (BRANDÃO, 1986:25ss).
O mito está , portanto, associado de forma definitiva ao misterioso e ao que não pode ser expresso pelo discurso lógico da consciência: ao mundo do logos propriamente dito. O mito seria uma roupagem ou um escafandro com o qual o homem das sociedades tribais se veste para entrar no mundo exterior, de acordo com a imagem que nos fornece o filósofo espanhol Ortega y Gasset.
OS SENTIDOS FUNDAMENTAIS DO MITO:
Joseph Campbell, buscando uma visão ampla dos sentidos do mito para o ser humano, propõe quatro abordagens possíveis do mito: a questão cosmológica, a questão metafísica, a questão sociológica e a questão metafísica. (CAMPBEL, apud HOLLIS, 1998: 18).
...(o autor define cada abordagem, mas resolvi copiar somente a psicológica)
Quanto à questão psicológica: Se, por um lado, o indivíduo necessita entender o cosmos e a natureza...... ele necessita também, fundamentalmente, entender-se a si mesmo. O estudioso da religião grega Walter Otto comenta que

:"O mito aumenta a autoconfiança e felicidade interna pela experiência de algo divino." (OTTO, apud PATAI, 1974:15).

quinta-feira, 20 de maio de 2010

SÃO SEBASTIÃO I (autoria: Erica Lorenz)

Arrepiando em rodopios
A alma ascende apertada em forma de perlage
Transbordando nos olhares de criança
Em anseio de um porvir.

Aprochego nada casual
O sol resplandece na pele
E desliza carinhos feitos de gotas de suor

As ondas guardam os gestos contidos
Que emanam ao som de Vênus sobre as águas,
A lua dorme enfim nos lábios
Quando então o sorriso desperta
Em brisa pelos teus cabelos.



Erica
02/2010

AMOR VERMELHO (autoria Erica Lorenz)

Amor Vermelho


Amor laico
Amor bruxo
Amor incompreendido
Amor sentido
Por todos os sentidos

Amor esculpido
Flutuante
Amor proibido
Vazando pelos poros
Amor que jorra
Amor acalento
Amor doce
Borbulhante

Amor sem reflexão
Reflexo puro
Da explosão

Amor lacerante
Em pinceladas
No olhar
Feitiço
Luz.

Erica / 2007

quarta-feira, 5 de maio de 2010

RETOMANDO A TEOGONIA E A COSMOGONIA DE HESÍODO


Trata-se de poema épico escrito por Hesíodo, em torno de 700 a.C..
Hesíodo sistematiza os mitos gregos. Neste poema escrito como hexâmetro, Hesíodo descreve a criação do mundo relacionando-a cronologicamente com o aparecimento dos deuses.
Hesíodo relata a cosmogonia (criação do Cosmo) que como já falamos, é muito semelhante ao que hoje temos como a criação do Universo a partir do Big Bang: no início era o CAOS (1º. Deus= Universo, o vazio primitivo). A partir daí, a sequência dos deuses gregos até chegar a Zeus (teogonia ou genealogia dos deuses).
Se considerarmos os caminhos da História Humana, a teogonia é puro reflexo dela. Quando o homem aparece na face da Terra, movimenta-se em hordas pelo planeta até que começa a se agrupar. Os primeiros agrupamentos se dão em torno da mulher que cuida de seus filhos e velhos da comunidade. O homem sai para caçar e a pescar e a mulher já conhece rudimentos de agricultura e com ela mantém alimentados os seus semelhantes, apenas com uma enxadinha. Surge a deusa mãe, espelhando esta força criadora e nutridora feminina, representada pelas deusas esculpidas chamadas de esteatopígeas. As formas exageradamente arredondadas apontam o poder das formas do feminino, o MATRIARCADO. O nível de organização do matriarcado não se apresenta de forma tão avançada.
Na mitologia grega: CAOS gera GAIA OU GÉIA (corresponde ao período do matriarcado grego). O CAOS dá também origem ao TÁRTARO (escuridão primeva), Hemera (o dia), NIX ( a noite), PONTO (a água primordial) (Urano representa fisicamente o Céu e Géia a Terra) enquanto Tártaro (escuridão) e Hemera (o dia), Nix (a noite), Ponto (a água primordial), não são deuses antropomórficos e sim, fenômenos naturais. No início era o Caos... A ORIGEM DO UNIVERSO.
Descendentes de NIX: TÂNATO (a morte), HIPNO (o sono) e ONEIRO (o sonho).
Descendem de PONTO: NEREU (o mais antigo deus do mar e pai das NEREIDAS.
FÓRCIS gerou monstros: as GÓRGONAS, EQUIDNA (com tronco de mulher e cauda de serpente) e ESFINGE.
O homem descobre o ARADO. Somente um homem consegue puxar um arado. A mulher perde a posição para o homem. GÉIA gera URANO sem participação de nenhum elemento masculino.
URANO representa o masculino no poder, como reflexo do patriarcado.

URANO e GÉIA (GAIA): deram origem aos filhos que foram chamados de TITÃS (FILHOS MACHOS): CRONO, OCEANO (água doce), HÉLIO, (o deus sol), JÁPETO e o gigante, os CÍCLOPES (seres com um único olho) e os HECATONQUIROS (gigantes com cem braços e cinquenta cabeças).
URANO e GÉIA tiveram como filhas as TITÂNIDES: TÊMIS (a lei), MNEMÓSINE (a memória). Outra deusa importante desta geração: MÉTIS (deusa da sabedoria), e RHEA ou RÉIA.
NETOS DE URANO E GÉIA:
Descendem de OCEANO: os RIOS e FONTES, as NINFAS (da terra firme) e os VENTOS.
HÉCATE (a dádiva) descende de CEOS.

Confirma-se o grau de desorganização do Universo que dá origem a seres com formas humanas, como Crono, e seres monstruosos: hecatonquiros e cíclopes e seres que representam a própria natureza: Oceano.
Como já vimos, Crono castrará, seu pai, Urano, jogará seus testículos ao mar e da espuma deles sairá AFRODITE ( a deusa da Beleza). Nesta versão, Afrodite é filha de Urano e irmã, por parte de pai, de Crono.
Crono jogará seu pai no Tártaro (na escuridão: o inconsciente) e casará com Réia, sua irmã.




GENTE, QUE CONFUSÃO!!!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O MITO DO PAI DEVORADOR

Voltando ao mito de GAIA ou GÉIA, a primeira deusa do Olimpo, e seu marido, URANO: Urano e Géia (Gaia) formam o primeiro casal da mitologia grega, segundo a teogonia de Hesíodo (em torno de 700a.C.), lembrando que teogonia é a geração dos deuses (criação dos deuses).
Urano simboliza o arquétipo do pai (arque=antigo). Um oráculo prevê que Urano será destronado e sucedido por seu filho. Apavorado, Urano passa a devolver todos os filhos dele e de Géia para o ventre da mãe. Gaia já não suporta as dores dos partos frustrados por Urano, com quem tem um filho, o caçula, chamado Crono(s). Gaia faz com Crono um pacto:dá a ele uma foice para que Crono castre seu pai.Castrado, tendo seu poder de masculinidade, os seus genitais arrancados pelo filho,o oráculo se cumpre e Urano é destronado e substituído por seu filho, Crono.
Crono casa-se com sua irmã Rhéa e um oráculo prevê que Crono será destronado por seu filho.
O que Crono faz? Permite que seus filhos nasçam para depois devorá-los. Novamente o filho mais novo de Rhea e Crono, Zeus, novamente ajudado por sua mãe, fará com que o oráculo novamente se cumpra. Quando Crono se prepara para devorar seu filho-Zeus, Rhéa substitui o filho por uma pedra e Zeus, imediatamente, acorrenta o pai devorador e com a ajuda de Métis, sua irmã, dá ao pai um líquido para provocar vômitos no pai, Crono, e assim Crono vomita os filhos devorados. Zeus expulsa o pai do Olimpo, mandando-o para o Tártaro.
Percebe-se aqui a compulsão de repetição: o pai tenta impedir o nascimento do filho (impedindo o nascimento dos filhos ou devorando-os) e
a mãe ajuda o filho a tirar o poder do pai (de alguma forma, o marido também a castiga, por sua compulsão sexual que a sujeita e por devorar os filhos dela).
E com Zeus, a compulsão por repetir também se manifestará?
Bom, depois de tirar o trono do pai, Zeus casa-se com sua irmã Métis. Métis fica grávida.Lá vem o tal de oráculo novamente avisar que de Métis sairia uma filha, que seria semelhante a um homem e que governaria os deuses e os homens.
O que fez Zeus?
Façam suas apostas:
a)devolveu para o ventre da mãe;
b)devorou a filha;
c)nenhuma destas opções.
Resposta: Zeus DEVOROU, ENGOLIU Métis!
Três gerações repetiram o mesmo roteiro!
O que aconteceu depois? Fica para o próximo capítulo.

terça-feira, 27 de abril de 2010

A MITOLOGIA GREGA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

Só para dar uma perspectiva histórica da Mitologia Grega:


Acho que a mitologia fica mais fácil se respeitarmos a cronologia. Hesíodo, 700 a.C. fez isso e acho que fica mais fácil e aproveitamos melhor esta ferramenta na vida da gente. O foco deste primeiro mito é o masculino (gênero), embora trate do Mito de Gaia.

A mitologia grega abriga o encontro do matrismo (dos povos agrícolas que viviam no Peloponeso e vizinhança, por influência oriental cretense) com o patrismo dos invasores bárbaros (hordas de indo-europeus vindas do centro europeu , adoradores de deuses masculinos, cultuando a guerra) invadem a região e dominam facilmente este povo. A população local marcada por um sistema identificado com o matriarcado adorava as deusas mães. Do sincretismo destas duas culturas nasce o Politeísmo grego, com seis deusas e seis deuses, com o poder nas mãos do masculino, pois a prioridade é sempre do vencedor.

COSMOGONIA E TEOGONIA (MITOLOGIA GREGA)

UMA TENTATIVA DE RESUMIR A COSMOGONIA E A TEOGONIA DE HESÍODO: viveu em torno de 700 a.C. O que mais me impressiona: a Cosmogonia de Hesíodo (criação ou geração do universo, do cosmo), é muito parecida com a teoria aceita pela comunidade científica hoje.

Estamos ouvindo falar das experiências realizadas neste momento pela comunidade científica mundial na tentativa de reproduzir o momento zero do universo, o Big Bang, a grande explosão.

Assim Hesíodo descrevia o início do mundo: no início era o CAOS, e CAOS é o primeiro deus do panteão grego. Caos é como a ciência chama o momento seguinte à grande explosão.

CAOS deu origem a GAIA ou GÉIA.
(Geo: Terra)
Segundo a visão da ciência contemporânea, após explosão, uma grande nuvem de poeira foi tudo o que sobrou. O que explodiu, até agora ninguém disse. Era uma vez um ponto. Este ponto explodiu. Encheu o espaço de uma imensa poeira cósmica(CAOS). Girando, girando, em alguns pontos esta nuvem de poeira se compactou e formou planetas, estrelas e formou a via láctea e formou a TERRA ou Géia ou Gaia, a primeira deusa.

Ela gerou o Céu (URANO) que ficava eternamente copulando com Gaia e tiveram filhos que o deus Urano devolveu ao ventre materno e nasceu CRONO, filho de Géia e Urano. Urano não queria que seus filhos nascessem por medo de perder o poder para um filho. Aqui, a situação humana comum, que se repetirá muitas vezes, inclusive em Édipo, de luta entre pais e filhos, os pais sempre temendo a perda de poder para o filho e o filho adulto castra o pai, tirando-lhe o poder (CRONO ARRANCA OS GENITAIS DE SEU PAI, URANO,COM UMA FOICE QUE A MÃE LHE DEU). E por aí vai. Devemos lembrar sempre que o mito é polissêmico, isto é, tem sempre mais de um significado, lembrando que cada mito tem muitas versões, porque ele é dinâmico e vai se transformando à medida em que são contados.
Exemplificando: Cronos que cortou os órgãos sexuais do pai e desta forma o destronou, será destronado por seu filho Zeus. Há uma compulsão de repetição de roteiro, na história humana.
O mito apontará um caminho para sair desta compulsão de roteiro, mas isto fica para o próximo capítulo.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O MITO DE GAIA

O MITO DE GAIA
Quero organizar uma teogonia. (theos= deus) (gonia= geração) de forma simplificada.
Vou tomar aqui o mito da primeira deusa olímpica, pela força no mundo contemporâneo, onde a chamada ECOLÓGICA exige nosso envolvimento, nossa participação.

GAIA ou GÉIA é a personificação da Terra como deusa. Ela é uma das primeiras divindades a habitar o Olimpo. Nasceu imediatamente após o deus CAOS.
Sozinha, sem nenhuma participação masculina, a deusa Gaia gerou o mar, as montanhas e o Céu ( que será seu marido: Urano). No mito cristão, Deus tirou a mulher da costela de Adão. Aqui, na mitologia grega, a mulher Gaia gerou seu consorte, Urano. Formaram o primeiro casal divino.Tiveram como filhos: os TITÃS, os CICLOPES e os HECATONQUIROS, gigantes com 50 cabeças e 100 braços.
Urano, temendo perder o reino para os filhos, cobria Gaia de forma frenética e insasiável e os filhos gerados, devolvia-os ao ventre materno. Gaia sofria fortes dores e ficava ressentida por não poder ver seus filhos crescerem.
Secretamente, Gaia salvou um dos filhos, CRONOS. Contou a ele seu sofrimento causado pelo pai dele, Urano. Gaia deu ao filho uma foice. Certo dia, quando Urano cobria Gaia, Urano, com a foice, decepou os órgãos sexuais do pai e os jogou ao mar. Separou assim o Céu da Terra.
Ligamos aqui, ao mito de Afrodite, que nasceu da espuma dos testículos de seu pai, Urano, jogados ao mar. Dos testículos uma grande quantidade de espuma se formou (AFROS=espuma) e dela nasceu AFRODITE.
Conta o mito que Cronos tirou seus irmãos do ventre materno, permitindo-lhes a vida.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

DETALHES

ALQUIMIA SIMBÓLICA
O QUE É QUE EU FAÇO COM AS CINZAS?
Estas resultantes das queimas rituais são muito importantes. Podemos jogá-las fora, mas elas fazem parte de um processo de transformação que vamos chamar de ALQUIMIA SIMBÓLICA. A COMBUSTÃO é a primeira etapa do nosso processo de simbolização. Coloque as cinzas no seu vaso alquímico e adicione água até que a cinza. Esta será a segunda parte de nossa simbolização: DILUIÇÃO. Coloque o vaso alquímico num lugar seguro e aberto (pode ser em uma janela, por exemplo) onde ninguém mexa, durante 3 dias e 3 noites.
Em uma papelaria compre argila. Amasse por 20 minutos a argila e guarde-a enrolada em um plástico durante uma noite, próxima do vaso alquímico, no terceiro dia.
Passado este tempo, pegue o vaso alquímico com as cinzas diluídas e adicione a argila. Após incorporar a água na argila, amasse com os dedos. Este contato da argila com a mão é muito importante. Amasse a argila e inicie um trabalho de limpeza desta argila, retirando qualquer grão que você tocar. Esta fase é muito importante. É um processo físico de separação. No mito de Eros e Psique, Psique foi obrigada por sua sogra, Afrodite, a separar uma grande quantidade de joio misturado ao trigo. Representa o desenvolvimento da capacidade de selecionar, de separar, de deixar de lado a promiscuidade. Enquanto você amassa a argila, converse com ela. Conte para ela tudo que te angustia. Fale com ela. Os medos, as raivas, os amores...Enfim, tudo que te vier à cabeça, até que você se esvazie e se abandone e relaxe. Ela vai te ouvir, ouvir, dividir, receber. Todo este processo deve acontecer dentro de seu vaso alquímico. Depois explico o significado do vaso alquímico. Enrole o vaso alquímico contendo esta argila em um pano úmido e envolva tudo em um plástico e coloque-o no lugar onde ele esteve estes dias.
No outro dia, pegue seu material e repita o processo. Amasse, limpe a argila e converse com ela novamente, dando a ela uma forma final. Não importa a forma que assumirá. Ela é sua. É uma expressão única e sua

ALQUIMIA? SIMBOLIZAÇÃO? TEATRO?

E a Alquimia continua...
Lembre-se sempre que estamos trabalhando com nossos próprios conteúdos internos, estamos fazendo um processo utilizado por Psiquê: separando o joio do trigo, pesquisando dentro de nós mesmas nossa essência, nossa verdade interior, nossas dúvidas, nossos desejos, nossos medos...
Próxima etapa: adcione argila às cinzas do seu graal, do seu vaso alquímico. A argila está sem memória e você irá incorporá sua memória, sua história a ela. Amasse-a bem, para que ela incorpore a cinza toda. Enquanto amassa, deixe o pensamento livre, converse com a argila como se fosse um outro dentro de você.
Se você descobrir logo uma forma que saiu de dentro desta massa, seu trabalho está concluído. Isto nem sempre acontece no primeiro dia. Mas se aconteceu, guarde esta forma porque você conseguiu concluir seu trabalho pela última etapa da alquimia (nossa alquimia) através da sublimação. A matéria (nossos contéudos) sofreu combustão, depois diuição, evaporou a água ao ser exposta na janela e por fim, temos a última etapa do processo:SUBLIMAÇÃO.
Se você sentiu que não estava pronto, volte a colocar na janela e recomece, escrevendo, queimando, diluindo, expondo/evaporando, até que após uma semana, você deverá dar qualquer forma a esta massa. Vai expô-la ao tempo, coberta com um pano úmido para que seque lentamente e guarde seu trabalho em seu altar.
Refaça o processo sempre que quiser tirar dúvidas, fazer pedidos, fazer catárse de algum sentimento mal resolvido e BOA SORTE!!!

RITUAL: UM PROCESSO DE SIMBOLIZAÇÃO

1) você vai precisar de papel, lápis, vela, um vaso alquímico (já descrito em um de nossos tópicos anteriores).
Primeiramente, escreva seus desejos em uma folha de papel. Queime e durante a queima posicione para que o papel queime totalmente e as cinzas caiam no vaso alquímico.
Temos aqui a FASE I : COMBUSTÃO ( ELEMENTO: FOGO).

2)Dilua as cinzas com água. Coloque o vaso numa janela para que fique exposto ao sol e à lua. Esta é a FASE II: DILUIÇÃO / ELEMENTO ÁGUA.
Nos dias seguintes, você poderá repetir por até três dias o ritual de escrever e queimar. Talvez observe mudança em alguns de seus pedidos e saiba que este é um importante processo de limpeza, purificação e sedimentação de seus pedidos. Vá adicionando as cinzas dos novos pedidos sobre o primeiro material, acrescentando novamente um pequeno volume de água para que tudo fique coberto com água. Deixe sob a ação do tempo, para que seja refletido seu conteúdo pelo sol e pela água. Isto corresponde a um importante processo interno de exposição de seus conteúdos.

O SER HUMANO E SUA NECESSIDADE DE MANTER CONTATO COM O SAGRADO

DA NOSSA NECESSIDADE DE RITUAIS:

O rito eterniza o mito. Acredito que o mito é uma linguagem com origem no inconsciente e que tem fundamental papel na vida do indivíduo e da coletividade. O mito aparece como verdadeiros exemplos que apontam resultados a determinadas condutas humanas ou coletivas.
O mito mais se assemelha a atalhos que nos permitem acesso a símbolos que não conseguimos decifrar completamente. A resolução simbólica permite o desenvolvimento humano.

O ritual pode ser criado de forma coletiva ou individual, brotando sempre de fontes intuitivas do conhecimento humano.

Exponho aqui um ritual de minha autoria que acredito possa ajudar a qualquer pessoa a entrar em contato mais porfundo consigo mesma.
Não há aqui nenhuma intenção religiosa, apenas um processo de simbolização de conteúdos internos para que se tornem mais conscientes, encontrando solução que muitas vezes vamos buscar em outras fontes de forma mágica, que nos distanciam de nossa própria capacidade de resolução de conflitos.
Você pode utilizar este ritual, você pode acrescentar a ele novos elementos que te identifiquem melhor e ele poderá ser utilizado tanto para encontrar respostas, como para realização de desejos, elaboração de processos de perda, enfim, sempre que você precisar ouvir sua voz interna, seu inconsciente para o qual não há segredo nem fronteiras.
Embora seja uma criação desta autora, este ritual aparece como fruto provável do inconsciente coletivo.