sábado, 13 de fevereiro de 2010

DETALHES

ALQUIMIA SIMBÓLICA
O QUE É QUE EU FAÇO COM AS CINZAS?
Estas resultantes das queimas rituais são muito importantes. Podemos jogá-las fora, mas elas fazem parte de um processo de transformação que vamos chamar de ALQUIMIA SIMBÓLICA. A COMBUSTÃO é a primeira etapa do nosso processo de simbolização. Coloque as cinzas no seu vaso alquímico e adicione água até que a cinza. Esta será a segunda parte de nossa simbolização: DILUIÇÃO. Coloque o vaso alquímico num lugar seguro e aberto (pode ser em uma janela, por exemplo) onde ninguém mexa, durante 3 dias e 3 noites.
Em uma papelaria compre argila. Amasse por 20 minutos a argila e guarde-a enrolada em um plástico durante uma noite, próxima do vaso alquímico, no terceiro dia.
Passado este tempo, pegue o vaso alquímico com as cinzas diluídas e adicione a argila. Após incorporar a água na argila, amasse com os dedos. Este contato da argila com a mão é muito importante. Amasse a argila e inicie um trabalho de limpeza desta argila, retirando qualquer grão que você tocar. Esta fase é muito importante. É um processo físico de separação. No mito de Eros e Psique, Psique foi obrigada por sua sogra, Afrodite, a separar uma grande quantidade de joio misturado ao trigo. Representa o desenvolvimento da capacidade de selecionar, de separar, de deixar de lado a promiscuidade. Enquanto você amassa a argila, converse com ela. Conte para ela tudo que te angustia. Fale com ela. Os medos, as raivas, os amores...Enfim, tudo que te vier à cabeça, até que você se esvazie e se abandone e relaxe. Ela vai te ouvir, ouvir, dividir, receber. Todo este processo deve acontecer dentro de seu vaso alquímico. Depois explico o significado do vaso alquímico. Enrole o vaso alquímico contendo esta argila em um pano úmido e envolva tudo em um plástico e coloque-o no lugar onde ele esteve estes dias.
No outro dia, pegue seu material e repita o processo. Amasse, limpe a argila e converse com ela novamente, dando a ela uma forma final. Não importa a forma que assumirá. Ela é sua. É uma expressão única e sua

ALQUIMIA? SIMBOLIZAÇÃO? TEATRO?

E a Alquimia continua...
Lembre-se sempre que estamos trabalhando com nossos próprios conteúdos internos, estamos fazendo um processo utilizado por Psiquê: separando o joio do trigo, pesquisando dentro de nós mesmas nossa essência, nossa verdade interior, nossas dúvidas, nossos desejos, nossos medos...
Próxima etapa: adcione argila às cinzas do seu graal, do seu vaso alquímico. A argila está sem memória e você irá incorporá sua memória, sua história a ela. Amasse-a bem, para que ela incorpore a cinza toda. Enquanto amassa, deixe o pensamento livre, converse com a argila como se fosse um outro dentro de você.
Se você descobrir logo uma forma que saiu de dentro desta massa, seu trabalho está concluído. Isto nem sempre acontece no primeiro dia. Mas se aconteceu, guarde esta forma porque você conseguiu concluir seu trabalho pela última etapa da alquimia (nossa alquimia) através da sublimação. A matéria (nossos contéudos) sofreu combustão, depois diuição, evaporou a água ao ser exposta na janela e por fim, temos a última etapa do processo:SUBLIMAÇÃO.
Se você sentiu que não estava pronto, volte a colocar na janela e recomece, escrevendo, queimando, diluindo, expondo/evaporando, até que após uma semana, você deverá dar qualquer forma a esta massa. Vai expô-la ao tempo, coberta com um pano úmido para que seque lentamente e guarde seu trabalho em seu altar.
Refaça o processo sempre que quiser tirar dúvidas, fazer pedidos, fazer catárse de algum sentimento mal resolvido e BOA SORTE!!!

RITUAL: UM PROCESSO DE SIMBOLIZAÇÃO

1) você vai precisar de papel, lápis, vela, um vaso alquímico (já descrito em um de nossos tópicos anteriores).
Primeiramente, escreva seus desejos em uma folha de papel. Queime e durante a queima posicione para que o papel queime totalmente e as cinzas caiam no vaso alquímico.
Temos aqui a FASE I : COMBUSTÃO ( ELEMENTO: FOGO).

2)Dilua as cinzas com água. Coloque o vaso numa janela para que fique exposto ao sol e à lua. Esta é a FASE II: DILUIÇÃO / ELEMENTO ÁGUA.
Nos dias seguintes, você poderá repetir por até três dias o ritual de escrever e queimar. Talvez observe mudança em alguns de seus pedidos e saiba que este é um importante processo de limpeza, purificação e sedimentação de seus pedidos. Vá adicionando as cinzas dos novos pedidos sobre o primeiro material, acrescentando novamente um pequeno volume de água para que tudo fique coberto com água. Deixe sob a ação do tempo, para que seja refletido seu conteúdo pelo sol e pela água. Isto corresponde a um importante processo interno de exposição de seus conteúdos.

O SER HUMANO E SUA NECESSIDADE DE MANTER CONTATO COM O SAGRADO

DA NOSSA NECESSIDADE DE RITUAIS:

O rito eterniza o mito. Acredito que o mito é uma linguagem com origem no inconsciente e que tem fundamental papel na vida do indivíduo e da coletividade. O mito aparece como verdadeiros exemplos que apontam resultados a determinadas condutas humanas ou coletivas.
O mito mais se assemelha a atalhos que nos permitem acesso a símbolos que não conseguimos decifrar completamente. A resolução simbólica permite o desenvolvimento humano.

O ritual pode ser criado de forma coletiva ou individual, brotando sempre de fontes intuitivas do conhecimento humano.

Exponho aqui um ritual de minha autoria que acredito possa ajudar a qualquer pessoa a entrar em contato mais porfundo consigo mesma.
Não há aqui nenhuma intenção religiosa, apenas um processo de simbolização de conteúdos internos para que se tornem mais conscientes, encontrando solução que muitas vezes vamos buscar em outras fontes de forma mágica, que nos distanciam de nossa própria capacidade de resolução de conflitos.
Você pode utilizar este ritual, você pode acrescentar a ele novos elementos que te identifiquem melhor e ele poderá ser utilizado tanto para encontrar respostas, como para realização de desejos, elaboração de processos de perda, enfim, sempre que você precisar ouvir sua voz interna, seu inconsciente para o qual não há segredo nem fronteiras.
Embora seja uma criação desta autora, este ritual aparece como fruto provável do inconsciente coletivo.