sábado, 7 de fevereiro de 2009

A BELA E DIFÍCIL ADOLESCÊNCIA

A adolescência lembra o conto de fadas: ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS.
Foi assim que me senti em minha adolescência, é assim que vejo as adolescentes de hoje.
A história é sempre igual, porque biologicamente somos muito semelhantes.
Aí nós nascemos e tudo vai bem até que, repentinamente, ficamos estranhas, choronas, sensíveis, incompreendidas: nosso encontro com Alice no país das Maravilhas. Maravilhas? Só se alguém me convencer de que ser BIPOLAR é maravilhoso. Num momento, Alice toma uma poção e fica tão enorme que não cabe dentro de sua casa. São os momentos de ego inflacionado. Num momento seguinte, em uma de suas variáveis constantes de humor, a poção a faz se sentir tão reduzida, que ela cabe no buraco da fechadura. Sua casa, o self, tem tamanho adequado, mas seu ego é do tamanho de uma formiga. Sua casa, o si-mesmo, torna-se quase vazia, de tão minúscula que se sente esta jovem.
E nós, estamos preparadas para enfrentar nossas Alices, nossas filhas?
Geralmente não. Como diz a canção: "isto não se aprende na escola".
Uma simples espinha no nariz pode gerar uma grande confusão dentro de casa com nossas sensíveis Alices. Aliás, dramatizar é o foco. Uma espinha é um ANEXO, com letra maiúsculas e é assim que elas escrevem na internet: liiiiiinnnnndoooo!!!!! Gooooorrrdddda!!!! Hoje acordei uma BAAALLLEEEEIIIAAAAA!!!
Olha quanto sentimento, olha quanta felicidade e, no momento seguinte, quanto sofrimento.
Lembrar de tudo isto que vivemos hoje é cômico, mas não podemos nunca esquecer de nossas lágrimas e nossas dores, para que possamos entender as jovenzinhas que gritam, que batem palmas, pulam e de repente choram e muito.
E tudo isto é tão biológico, é tão hormônio dependente e nós não sabíamos.

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