Do
Mito da Caverna, do Banquete de Platão, o Mito do Andrógino nos coloca que a
humanidade era formada por homens, mulheres e os andróginos.
O
andrógino seria um ser redondo, metade homem, a outra metade, mulher. Eram seres
completos, felizes e tornaram-se auto-suficientes, se imaginavam similares aos
deuses do Olimpo. Claro, os deuses não gostaram, ou talvez, os andróginos fossem
tão felizes, que provocaram a ira e a inveja dos deuses, o certo é que Zeus
resolveu cortá-los ao meio. Desde este dia, as duas metades se procuram para
que, através de um abraço, num encontro amoroso, sintam a plenitude que
conheciam.
Este
mito aponta também para o caminho que Jung chamou de individuação, quando cada
ser encontra sua contra-parte interna, realizando o encontro dos opostos,
produzindo desta forma, a totalidade.
Podemos
encontrar externamente seres que nos completam e nossa felicidade maior é
quando encontramos no Outro, a expressão da nossa contra-parte interna.
Sendo
assim, segundo Jung, a contra-parte do homem, sua mulher interna, chamou de ANIMA e à contra-parte interna da
mulher, ele chamou de ÂNIMUS.
Desde
que Zeus produziu esta separação e Apolo arranjou cada parte e os órgãos
genitais foram expostos à frente do corpo, para facilitar o encontro sexual, a
humanidade inteira busca a sua contra-parte no Outro e a este anseio, que
jamais poderá ser inteiramente satisfeito, chamamos de AMOR.
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