terça-feira, 27 de abril de 2010

COSMOGONIA E TEOGONIA (MITOLOGIA GREGA)

UMA TENTATIVA DE RESUMIR A COSMOGONIA E A TEOGONIA DE HESÍODO: viveu em torno de 700 a.C. O que mais me impressiona: a Cosmogonia de Hesíodo (criação ou geração do universo, do cosmo), é muito parecida com a teoria aceita pela comunidade científica hoje.

Estamos ouvindo falar das experiências realizadas neste momento pela comunidade científica mundial na tentativa de reproduzir o momento zero do universo, o Big Bang, a grande explosão.

Assim Hesíodo descrevia o início do mundo: no início era o CAOS, e CAOS é o primeiro deus do panteão grego. Caos é como a ciência chama o momento seguinte à grande explosão.

CAOS deu origem a GAIA ou GÉIA.
(Geo: Terra)
Segundo a visão da ciência contemporânea, após explosão, uma grande nuvem de poeira foi tudo o que sobrou. O que explodiu, até agora ninguém disse. Era uma vez um ponto. Este ponto explodiu. Encheu o espaço de uma imensa poeira cósmica(CAOS). Girando, girando, em alguns pontos esta nuvem de poeira se compactou e formou planetas, estrelas e formou a via láctea e formou a TERRA ou Géia ou Gaia, a primeira deusa.

Ela gerou o Céu (URANO) que ficava eternamente copulando com Gaia e tiveram filhos que o deus Urano devolveu ao ventre materno e nasceu CRONO, filho de Géia e Urano. Urano não queria que seus filhos nascessem por medo de perder o poder para um filho. Aqui, a situação humana comum, que se repetirá muitas vezes, inclusive em Édipo, de luta entre pais e filhos, os pais sempre temendo a perda de poder para o filho e o filho adulto castra o pai, tirando-lhe o poder (CRONO ARRANCA OS GENITAIS DE SEU PAI, URANO,COM UMA FOICE QUE A MÃE LHE DEU). E por aí vai. Devemos lembrar sempre que o mito é polissêmico, isto é, tem sempre mais de um significado, lembrando que cada mito tem muitas versões, porque ele é dinâmico e vai se transformando à medida em que são contados.
Exemplificando: Cronos que cortou os órgãos sexuais do pai e desta forma o destronou, será destronado por seu filho Zeus. Há uma compulsão de repetição de roteiro, na história humana.
O mito apontará um caminho para sair desta compulsão de roteiro, mas isto fica para o próximo capítulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário