terça-feira, 5 de maio de 2009

VAMOS EM BUSCA DO CONTRADITÓRIO

Convidamos nossos seguidores a debater com profundidade este assunto de tanta gravidade.


Por uma questão de respeito às vítimas de abuso sexual infanto-juvenil, temos obrigação de participar desta pesquisa, até para podermos combater o que Luciane Potter Bitencourt, em seu livro já por mim citado nesta comunidade (Vitimização Secundária Infanto-Juvenil- editora Lumen Juris), chama de vitimização terciária, ou seja, a estigmatização da criança ou adolescente, que passa a ser visto como um agressor sexual em potencial pela sociedade.Busquei no livro da autora supracitada, argumentação pertinente ao assunto: o abusado poderá ser um agressor sexual futuro.Luciane, na página 64 deste livro fala que a criança agredida tem grande probabilidade de se tornar um agressor sexual na vida adulta.Mais tarde ela combate este determinismo e cita autores que falam do "fenômeno da resiliência". Explica então que a "resiliência"não é um retorno ao estado anterior, o que seria impossível pelo trauma sofrido pelo menor, mas que ele poderá ter um processo de superação de sua história, transcendendo o sofrimento, por exercício do livre arbítrio. Luciane cita Jorge Trindade que fala:"a capacidade de superação, que habita cada ser humano, é sempre surpreendente e serve tanto à vítima quanto ao vitimizador, pois o homem é capaz de superar infinitamente o homem. Isso significa não apenas a possibilidade da teoria da continuidade heterotípica, pela qual uma determinada experiência pode contribuir para outra de natureza diversa, mas também a possibilidade de uma teoria da descontinuidade ".

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